Orientações para a Onda Roxa

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Divinópolis, 13 de março de 2021.


Amado Povo de Deus: sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas, cristãos leigos e leigas, irmãos e irmãs no Senhor,


Nossos municípios vão chegando ao limite da capacidade de responder às demandas crescentes e desordenadas dos infectados pela COVID-19. Os hospitais que estão nas nossas cidades maiores e as unidades de saúde menores chegaram ou estão à beira da lotação máxima para pacientes com o Coronavírus. Há filas de espera! Um absurdo! Situação de verdadeira mistanásia, ou seja, morte precoce e evitável de indivíduos vulneráveis socialmente e consumada por incapacidade de serem cuidados pelos serviços públicos e privados de saúde, em clara violação do direito à vida e à saúde. Sabemos que houve e há descuidos, adiamentos, inabilidades, negacionismos da parte dos governantes, mas também precisamos reconhecer irresponsabilidades e abusos por grande parcela da população. Tudo isto nos trouxe até este lamentável colapso. 


Nossos municípios estão classificados neste momento nas ondas vermelha e roxa. Esta última obriga a fechar tudo, também e infelizmente nossas Igrejas. Esperamos e rezamos (e muito!) para que seja por tempo determinado e curto, para que haja comprometimento de todos, para que retornemos para a celebração da Semana Santa, nossa Páscoa anual. Isto vai depender do engajamento e da participação ética e responsável de cada cidadão, cada cristão, cada um.


Portanto, a partir deste domingo, dia 14 de março de 2021, se possível já de manhã ou, no mais tardar, a partir das 12 horas, onde as secretarias municipais tiverem determinado assim (como na cidade de Divinópolis e outras), nossas atividades litúrgicas e religiosas estarão suspensas (todas elas!), nossas celebrações voltarão a ser com pequenas equipes e transmitidas pelas mídias paroquiais, nosso atendimento paroquial será restrito e parcial. Recordo ainda que havendo obrigatoriedade para o recolhimento das pessoas a partir das 20:00h, as celebrações virtuais que forem à noite devem terminar em tempo hábil para que as pessoas que colaborarem nelas possam cumprir esta exigência. O fechamento começa no domingo, dia 14, e se estenderá por 14 dias. Se tudo der certo, celebraremos o Domingo de Ramos com presença de assembleia litúrgica. Rezemos e nos comportemos para que isto aconteça!


Contudo, não basta ficar esperando o tempo da volta. Creio que é hora de nos perguntar mais uma vez sobre todas estas coisas, fazer uma “leitura teológica e espiritual” da história, das desgraças, dos exílios, da pandemia, como a liturgia da missa deste quarto domingo da Quaresma nos sugere (cf. 2 Crônicas 36,14-16.19-23: na primeira leitura). O que aprendemos com tudo isto? Onde erramos? Onde perdemos de vista Deus e seu projeto de vida? O que devemos fazer agora? A Quaresma ajuda a responder: é hora de conversão pessoal e social, é hora de voltar a Deus, é hora de suplicar, com insistência, sua misericórdia e seu amor, é hora de exercitar-nos nos exercícios quaresmais da caridade, oração e jejum, é hora de dobrar os joelhos, é hora de repensar as relações humanas e sociais... 


Se não houve normativas municipais, mas a pandemia mostra sinais de avanço e descontrole, peço que os párocos/administradores paroquiais decidam por suspender toda e qualquer atividade e restringir o atendimento paroquial. Se houver permissão para que as Igrejas fiquem abertas, poderão permanecer abertas para orações pessoais tão somente. Não dá para retardar iniciativas quando a vida está em jogo! Não se brinca com a vida! Não se debocha da pandemia! Não se resiste a uma vacina! Não se pode fantasiar que está tudo bem e sob controle.


Para sermos exemplares no cuidado, como fomos até aqui, e para não favorecer o movimento de pessoas e aglomeração delas para a atividade religiosa, vamos entrar de novo para nossas casas, Igrejas domésticas, mesmo que já cansados de estar lá, e de lá suplicar o poder de Deus para que se estabeleça a vitória sobre este momento. Que venha a vacina, rápido, para todos, sem injustiças!


O Deus da vida e Senhor de toda consolação esteja conosco, conforte as famílias que perderam seus membros na pandemia e os ressuscite no céu, e nos ajude a ser uma comunidade humana que faz sua parte neste momento, reza, espera, crê, suporta, olha para a frente e para o alto.


A bênção de Deus, por intercessão do justo patriarca São José, suplico sobre todos,
 


Dom José Carlos de Souza Campos
Bispo Diocesano de Divinópolis-MG

 

 

Fonte: https://diocesedivinopolis.org.br/c/noticias/orientacoes-para-a-onda-roxa (14/03/2021, 10:48 hrs)


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